Estrela de Passione saúda a vaidade: "Adoro o universo feminino"

Diferente das outras atrizes da novela "Passione", que passam por uma produção de maquiagem e cabelo para montar suas personagens assim que chegam aos estúdios do Projac, Larissa Maciel se desconstrói. Ela se despe de toda sua vaidade: remove a maquiagem do rosto e o esmalte colorido das unhas e mingua seus cabelos volumosos. Vai se transformando, como ela mesma frisa, para ir ao encontro de Felícia. Introvertida, complexada e sofrida, a fictícia moça do Tatuapé tem uma personalidade bem diferente daquela que acompanha a atriz gaúcha na vida real.

Larissa é uma mulher de riso fácil e expressão solar. Seu compromisso é com a alegria. “Felícia é apagada, sem vaidade, é muito diferente de mim”, garante.

“Adoro todo o universo feminino: Maquiagem, cabelos, moda, acessórios, enfim, tudo. Agora que se apaixonou por Totó (Tony Ramos), minha personagem vai mudar. Acho que a vaidade feminina está ligada à isso: ao interesse em outra pessoa e em querer ficar bonita pra ela. Felicia até já arrisca um batonzinho”, atesta Larissa.

A atriz não abre mão de cremes para o rosto e para o corpo, procura se maquiar com esmero e faz do cuidado com a beleza um ritual diário. “Nessa parte de mulher, de mulherzinha, na questão da vaidade, eu gosto do pacote completo. Só que de uma maneira saudável. Isso não é a prioridade”, reforça a morena de olhos azuis e de pele muito branca – sempre protegida por bloqueador solar fator 30. Com Larissa, a natureza também fez a sua parte nesse quesito.

Mas antes mesmo de descobrir o poder de sua beleza, Larissa Maciel cedo mostrava talento para o espetáculo. Garotinha, ela juntava a família, vestida com o figurino criado pela tia Marta – as roupas da própria tia - , para recitar versos ou cantar. “Sempre gostei disso, de me expressar para os outros desde muito pequena. Eu nem sabia que era uma profissão, era só uma coisa que eu adorava fazer. Minha brincadeira preferida era montar teatrinho com as minhas amigas”, recorda a estrela. “Logo que aprendi a escrever, criava peças que encenávamos, dirigia, atuava, ou seja, acumulava várias funções (risos).”

Anos após mostrar a amigos, família e ao Rio Grande do Sul o potencial como atriz, Larissa conquistou o Brasil por sua interpretação como a cantora Maysa, na minissérie “Maysa – Quando Falo o Coração”, da rede Globo, em janeiro de 2009. Em Passione, vai além e convence o telespectador como a recatada Felícia.

Não sou parecida com a Maysa, assim como não sou a Felícia. Agora vão pensar que sou tímida e retraída (risos). Eu sou tranquila, mas não sou nada tímida. Ainda sou a menininha que gostava de ter todo mundo olhando pra ela”.

Na vida real, Larissa vive toda a felicidade de quem experimenta momentos plenos na carreira e no amor, com seu casamento de um ano – recém completados – com o administrador de empresas André Surkamp. “A gente se conheceu num bar, mais precisamente na fila do banheiro (risos). Pois é, o amor pode acontecer em qualquer lugar... E aí ele puxou assunto, começamos a conversar, achei bem interessante. André era vocalista da banda Bidê ou Balde famosa no Rio Grande do Sul. Quando olhei para ele senti: 'É esse'. Ele é o homem da minha vida”, derrete-se. E sua intuição, aos 22 anos, estava certa. Os dois estão juntos há dez anos, a atriz garante não ter passado por nenhum tipo de estresse nesse primeiro ano de vida a dois, fase de adaptação de todo casal. “Está super gostoso. Este primeiro ano foi delicioso, incrível”, completa a atriz, que já conversa sobre filhos com o marido, mas não quer encomendá-los imediatamente. “Nossa idéia é esperar um pouco, mas não muito. Tenho 32 anos, não dá pra adiar para daqui a dez anos. Imagino que lá pelos 34, 35 anos eu vá tê-los, planeja.

Larissa Maciel é falante e não esconde o sorriso iluminado, marca registrada de toda pessoa que está de bem com a vida. Segura e apaixonada pela profissão que escolheu ainda menina, a atriz acredita que nunca se deslumbrou com a fama instantânea que a vitrine da Globo lhe proporcionou. “Não dá para viver acreditando nisso. Eu levo a vida normalmente. Sou uma pessoa comum, vou à farmácia, ao supermercado”, afirma ela que diz ficar tão desligada nessa questão que esquece até que não é mais uma pessoa anônima. Só lembra quando a bordam na rua. “Geralmente estou tão voltada para as coisas que eu tenho que fazer que nem reparo. É claro que, se as pessoas vêm, falar comigo ou se algum amigo percebe os olhares curiosos sobre mim, noto que não sou mais desconhecida”, diz. O lado do reconhecimento por um trabalho feito com esmero é, sem dúvida, o melhor da fama.