E em homenagem ao Dia Internacional da Mulher você confere aqui uma entrevista exclusiva com a gaúcha que promete brilhar ainda mais, só que agora, na pele da doce e tímida Felícia.
O que ou quem te inspirou na escolha da tua carreira? És a única artista da família?
Não venho de uma família de artistas, apesar de ter na família pessoas com vocação para arte. Desde muito pequena eu sentia um grande prazer em representar. Fazer teatro era, de longe, a coisa que eu mais gostava na escola e nunca tive dúvida que seria esse o meu caminho. Ainda assim, ninguém em especial me inspirou, foi um desejo que nasceu comigo.
Tu és de Porto Alegre? Onde estudaste? Chegou a fazer faculdade?
Já pensaste em desistir da carreira?
Nunca. Por amar demais o que eu faço, eu sempre tive essa certeza, mesmo quando a situação ficava difícil. É claro que ser artista não é fácil e que eu não esperava viver confortavelmente de bilheteria de teatro. Isso é uma coisa que poucos atores conseguem, infelizmente. O que eu fiz foi usar os conhecimentos que adquiri com minha formação para criar as minhas próprias oportunidades de trabalho.
Como surgiu a oportunidade de interpretar a cantora Maysa?
O Léo Gama, produtor de elenco da Rede Globo, conhecia meu trabalho na RBS TV e tinha me visto no teatro fazendo Hotel Rosa-Flor. Então me chamou para fazer um registro para a Globo e depois para fazer o teste para Maysa.
O ano passado foi um ano agitado para ti. Sucesso com a minissérie, teu casamento. Conta pra gente como foi para se equilibrar nesse turbilhão de acontecimentos em 2009?
O ano passado foi maravilhoso pra mim! 2008 foi um ano de muito trabalho, pois foram meses para compor a personagem e depois mais as gravações. Quando a minissérie foi ao ar, já estava tudo pronto, então eu pude aproveitar com calma o sucesso que tivemos. Pude também organizar meu casamento com tranquilidade, mesmo morando no Rio. Viajar em lua-de-mel e na volta ensaiar o espetáculo "Aquelas Mulheres". Realmente foi bem corrido, mas eu adoro. Tenho a consciência de que estou num lugar privilegiado, fazendo o que eu sempre quis, então só tenho a agradecer.
Já deu para se acostumar com a exposição na mídia? Como tem sido o assédio dos fãs?
Acho que sim. Mas continuo me surpreendendo com as declarações que nunca saíram da minha boca e volta e meia aparecem por aí. Ainda bem que, por enquanto, não foi nada grave. De qualquer forma, é muito ruim ler numa revista ou num site uma coisa que você não disse, e pior, não sabe de onde tiraram! Sou super cuidadosa ao dar entrevistas para não dar margem para distorções, mas mesmo assim elas acontecem.
Quanto ao assédio dos fãs é sempre gostoso! As pessoas são sempre respeitosas e amáveis comigo, então procuro retribuir o carinho sempre que posso! Tenho um grande fã-clube de adolescentes e elas fazem homenagens lindas, vídeos, cartas, blogs, são umas fofas!
Tu ainda estás em cartaz com a peça Aquelas Mulheres no Rio? Tens planos de vir apresentar ela aqui em Porto Alegre?
A peça fez sua última apresentação aqui no Rio dia 28 de fevereiro. Como eu estou na próxima novela das 20h, vou sair do espetáculo, pois ele deve estreiar em São Paulo ainda esse ano e fica complicado fazer temporada em SP gravando no Rio. Quanto a Porto Alegre não tenho nenhuma previsão, mas adoraria levar a peça pra minha cidade, com certeza.
Em maio tu estreias em Passione a nova novela das oito. Como surgiu o convite do Sívio de Abreu? Pode contar pra nós um pouco da tua personagem?
O Sílvio assistiu Maysa e gostou muito do meu trabalho. Mesmo assim, eu fiz um teste para Felícia, afinal, as pessoas tem a minha imagem ainda muito ligada a Maysa. É comum eu ouvir que estão surpresas com a minha voz. Que me achavam mais velha, mais gordinha.
Eles queriam alguém que pudesse passar a doçura da Felícia, e não tinham certeza se seria eu. Ela é o oposto da Maysa, uma mulher tímida, que não tem consciência da sua força, que é complexada. Bom, eu fiz o teste e eles gostaram do que viram. Até hoje, todos os trabalhos que fiz foram através de testes. Eu acho ótimo ter tido a chance de provar que eu era capaz de fazer cada um dos meus personagens.
Tu já estás de mudança ou continua morando em Porto Alegre? E como fica o maridão nessa história?
Moro no Rio desde 2008. O André mora aqui comigo também.
O que gostas de fazer quando está aqui? E do que tu mais sentes falta quando não está?
Quando estou aí quero ficar o tempo todo com minha família! Sinto falta da cidade como um todo, das ruas, dos cheiros, da luminosidade de Porto Alegre, da organização da cidade. Mas o Rio é uma cidade linda e eu estou adorando morar aqui!
Quais locais tu indicarias para a mulherada comemorar o Dia Internacional da Mulher, com as amigas, com os maridos, namorados e afins em Porto Alegre?
Eu gosto muito da Casa de Cultura Mario Quintana. Acho que é um programa bem completo, dá pra ver exposições bacanas, filmes que não entram em cartaz no circuito comercial, e peças de teatro. O meu favorito é o Teatro Bruno Kiefer que foi onde eu estreiei profissionalmente em Porto Alegre. Ainda tem o café do sétimo andar, oSanto de Casa que tem uma vista linda! Mas com as amigas perto qualquer lugar fica divertido! Acho que essa é a boa pedida, marcar o dia para um encontro de amigas, tipo Clube da Luluzinha!
Tu podes citar para aos nossos internautas alguns momentos da tua vida em que você se sentiu mais mulher ou teve mais orgulho de ser mulher?
Recentemente uma das minhas melhores amigas teve bebê. Vê-la com o Miguel no colo me deu muito orgulho de ser mulher! Somos capazes de gerar vida, e não há motivo de maior orgulho que esse!